Estudo de tribos mostra a importância das mulheres mais velhas para prover comida a todo o grupo
Uma questão tem intrigado, há anos, os pesquisadores da evolução humana: por que as mulheres, especificamente, têm tanta longevidade e vivem por tantos anos depois de cessada a sua atividade reprodutiva? A resposta é: porque as avós são fundamentais para a sobrevivência da prole, explica um artigo do Nexo.
Essa hipótese começou a ser construída nos anos 1960 e foi reforçada nos anos 1980, quando a antropóloga americana Kristen Hawkes começou a estudar a dinâmica de grupos caçadores e coletores e descobriu que a história de que os homens eram os provedores de alimento para as sociedades não era bem assim.
Ela observou que os homens raramente voltavam da caçada com um grande animal, e que eram bem-sucedidos apenas em 3,4% das vezes. E que o alimento desse povo era trazido principalmente pelas mulheres. Mães, avós e outras mulheres do grupo saíam todo dia para escavar tubérculos, a principal fonte de alimentação dessa sociedade.
O papel das avós ganhava ainda mais relevância para a família quando o segundo filho nascia, requerendo cuidado intensivo da mãe. Elas foram importantes para a evolução porque os bebês humanos são crias de lento desenvolvimento e que pedem muito cuidado. “Não poderíamos ter evoluído se as mães não tivessem bastante ajuda”, completa Sarah Hrdy, autora de “Mãe Natureza: uma Visão Feminina da Evolução”.
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