Como empreender para um público mais velho?


Especialista Layla Vallias fala como se comunicar com as pessoas com mais de 60 anos, que estão cada vez mais digitais e protagonizam uma nova maneira de envelhecer.

Já é notícia velha dizer que o Brasil está envelhecendo. Mas também são claras as mudanças ocorridas com o público com mais de 60 anos. Eles trocaram as cadeiras de balanço pela academia, viajam, trabalham, namoraram, estão cada vez mais digitais e em movimento – protagonizam uma nova maneira de envelhecer.

O público mais velho é protagonista da chamada “Economia Prateada”. Segundo Layla Vallias, cofundadora de uma consultoria de marketing especializada no consumidor sênior, o público com mais de 60 anos já consome, por ano, mais de US$ 15 trilhões no mundo inteiro. Mas, para muitas marcas, eles ainda são consumidores invisíveis. Aqui vão algumas dicas práticas de como se relacionar com o público mais velho e empreender dentro desse nicho:

1.Os 60+ são diversos

Se cada pessoa é o resultado da somatória de suas experiências, não dá para encarar os 60+ como um grupo homogêneo. Existem diferenças significativas entre os 60, 70, 80, 90, 100+, seja por idade, estilo de vida ou classe social. A segmentação desse público te ajuda a entregar produtos, serviços e uma comunicação mais eficiente para cada idade. Escute o seu cliente, pergunte do que ele gosta.

2.Eles são digitais, sim!

Principalmente no Facebook e no Whatsapp, eles amam seus smartphones. Aliás, o público sênior não só consome conteúdo nas redes sociais, eles estão se tornando criadores. Já existem até influenciadores digitais da terceira idade — e essa estratégia pode fazer toda a diferença para você criar vínculos mais profundos com seu público.

3.Use uma linguagem simples e direta

Deixe claro qual o seu diferencial e os benefícios do seu produto e serviço. Os 60+ já viram e ouviram de tudo, por isso, são mais questionadores e desconfiam de soluções mágicas.

4.Dê atenção especial ao design

Use letras grandes, cores fortes e com contraste para facilitar a leitura em sites e materiais gráficos. Se você tem um e-commerce, encurte o número de cliques e o fluxo de venda. Menos é mais!

5.Menos exclusão e mais inclusão

Joseph Coughlin, especialista no assunto, acredita que, se a gente cria algo desenhado para os 60+, consumidores mais exigentes, com certeza o produto também funcionará para o resto das pessoas. Será um item com design universal, intergeracional e inclusivo, sem precisar necessariamente ser voltado apenas para o público da terceira idade.

6.Use imagens de pessoas reais

Não caia em estereótipos como a representação de pessoas mais velhas fragilizadas ou excêntricas. Dê protagonismo a eles e lembre-se da diversidade. Deixe os preconceitos de lado, o envelhecimento já não é mais o mesmo e os novos velhos são muito mais ativos, curiosos e diversos do que os de antigamente.

 

* Texto publicado originalmente no portal do G1 e reproduzido no blog Revolução Prateada.

 

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